Nos horários de pico, a Coronel Massot se torna um vaivém de pedestres e carros de deixar a visão embaralhada. Nos trechos comerciais, a disputa por espaço fica ainda mais acirrada, e o perigo maior ronda mesmo quem anda a pé.
De acordo com moradores e comerciantes da região, desde que a via — uma das principais ligações entre os bairros Cavalhada, Camaquã, Cristal e Tristeza — recebeu nova cobertura de asfalto, no final do ano passado, os motoristas têm exagerado na velocidade e nem as faixas de segurança garantem uma travessia sem sobressaltos aos moradores.
— Há cerca de dois anos, um vizinho nosso morreu atropelado aqui na esquina com a Padre Ângelo Corso. Agora, está pior ainda, um trânsito horrível — diz Maria Lúcia da Rosa, moradora da Ângelo Corso que diariamente circula pela Coronel Massot.
Moradores fazem abaixo-assinado
As queixas já renderam um abaixo-assinado entre os moradores para que este ponto da via receba uma sinaleira. O documento deve ser entregue à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
De acordo com a gerente de planejamento de trânsito da EPTC, Carla Meinecke, a Coronel Massot e as principais vias de acesso a ela receberam reforço na sinalização logo após o recapeamento, mas um novo estudo será feito neste mês para definir a velocidade média dos veículos na via e se há necessidade de alguma alteração na sinalização.
Uma das mudanças deve ser a troca do ponto de embarque e desembarque de lotações próximo à Ângelo Corso. A presença desses coletivos naquele local compromete a visibilidade dos pedestres ao atravessarem a faixa em frente à empresa Trevo.
— Para que haja segurança na travessia, é preciso que exista intervisibilidade, ou seja, que o pedestre veja o carro e que o motorista enxergue o pedestre — pondera Carla.
A avaliação na Massot deve ser feita com um equipamento automático de registro das velocidades a cada 300 metros aproximadamente. Durante o estudo, os motoristas que estiverem circulando com velocidade acima do permitido não serão multados.
— É um registro para que tenhamos ideia do comportamento na via — diz Carla.
Depoimentos
"O trânsito é horrível, principalmente às 11h30min. O bom mesmo seria colocar um semáforo bem grande aqui (na esquina com a Ângelo Corso)."
Maria Lúcia da Rosa, 74 anos, moradora da Padre Ângelo Corso
"A velocidade dos carros é muito alta, tem de ser colocada uma contenção. Atravessar é uma briga e mesmo na faixa de segurança, não respeitam."
Carlos Zanolete, 66 anos, dono de uma banca de revistas na Coronel Massot
"Depois do asfalto novo, a Massot ficou muito movimentada. Estão correndo demais por aqui. A gente custa a atravessar."
Dilma Inácio Marinho, 65 anos, moradora há 35 anos da Coronel Massot
"Nesta área (mais comercial), é mais complicado porque é caminho dos carros para a Avenida da Cavalhada. E na esquina com a Timóteo, o acesso também é muito movimentado."
Antonio Magalhães, 63 anos, motorista da linha Padre Reus
"O trânsito aqui é muito perigoso. Já tivemos um atropelamento fatal. É preciso colocar mais sinalização porque estão correndo demais. É um perigo."
Ana Clara Barreto da Conceição, 52 anos, moradora da Ângelo Corso